É uma má formação genética que atinge a cabeça do fêmur, a cápsula articular e o acetábulo (onde se encaixa a cabeça femoral), afetando diretamente a articulação e a funcionalidade do quadril, e provocando desgaste e degeneração articular a médio e longo prazo.
Apesar do fator genético ser essencial para o desenvolvimento desta afecção ortopédica, outros fatores como ambientais (piso liso), nutricionais (crescimento acelerado e suplementação de cálcio), sobrepeso e/ ou obesidade (maior sobrecarga articular) e traumas devem também ser levados a em consideração, uma vez que implicam no avanço ou na piora do quadro.
A displasia coxofemoral é diagnosticada com uma maior frequência em cães de portes grande e gigante, como nas raças Golden e Labrador Retrievers, porém, esta doença pode acometer cães de todos os portes e raças, assim como gatos também. Normalmente os dois lados do quadril são acometidos e tanto machos quanto fêmeas são comumente afetados.
Conheças quais são as raças mais propensas!
Labrador Retriever
Golden Retriever
Rottweiler
Pastor Alemão
Bernese
E quais são os sintomas da displasia coxofemoral (DFC)?
Seus primeiros sinais costumam se manifestar durante a fase de crescimento do pet, entre 4 meses a 1 ano de vida, o que gera muito desconforto, dor e limitação de movimentos dos membros pélvicos.
Quando o animal já apresenta doença articular degenerativa secundária à DCF, os sintomas podem se agravar e piorar após exercícios intensos, períodos de repouso longos e/ou quedas de temperatura.
Os principais sintomas clínicos são:
Caminhar “rebolando”;
Mancar (Claudicação);
Correr em ”pulos de coelho”;
Dificuldade em se levantar e/ou subir escadas;
Perda muscular na região do quadril;
Relutância em se exercitar e/ou brincar;
Dor/ apatia;
Fraqueza muscular.
Como diagnosticar e tratar?
O diagnóstico de DCF deve ser baseado no histórico do animal, sinais clínicos apresentados, avaliação ortopédica e exames radiográficos da articulação do quadril.
O diagnóstico radiográfico definitivo é dado somente a partir dos 24 meses de idade, porém, a partir dos 7 meses de idade lesões articulares mais graves já podem estar visíveis.
A escolha do tratamento, conservativo ou cirúrgico, vai depender da severidade do quadro clínico e tem como objetivo reduzir a dor, proteger a cartilagem articular e prevenir a aceleração da doença articular degenerativa (artrose). Algumas técnicas cirúrgicas podem ser realizadas até 6 meses de idade a fim de melhorar a congruência (encaixe) da cabeça femoral no acetábulo, outras, tem indicação de serem realizadas com o animal já adulto.
E tem como prevenir?
Por ser uma má formação articular de caráter hereditário, o animal que tiver o diagnóstico de displasia coxofemoral tem indicação de ser castrado e seus pais retirados da reprodução, a fim de prevenir a disseminação do gene da displasia a outros animais.
Caso o seu pet seja de grande porte ou tenha predisposição racial para desenvolver a displasia, existem práticas recomendadas para que o seu melhor amigo possa ter uma maior qualidade de vida, evitando ou postergando a progressão da doença, são estas:
Veterinário ortopedista: Acompanhar de perto a condição óssea e muscular do seu pet pode ajudá-lo a ter um diagnóstico precoce para iniciar o tratamento adequado;
Evitar pisos lisos: O piso escorregadio dificulta que o animal levante e caminhe com a firmeza necessária nas patas, prejudicando as suas articulações, por isso, invista em pisos mais ásperos, tapetes de borracha ou botinhas antiderrapantes;
Evite a suplementação sem prescrição médica: Alguns tipos de suplementação podem comprometer a formação óssea durante a fase de crescimento, é crucial não medicar ou suplementar os nossos pets sem a orientação do médico veterinário.
Cuidado com exercícios intensos: É importante termos cuidado com o tempo e a intensidade dos exercícios que realizamos com os nossos cães, uma vez que estes podem provocar uma maior sobrecarga e desgaste articular.
Evite o sobrepeso: Uma alimentação equilibrada e balanceada auxilia na manutenção da saúde e na prevenção da obesidade nos animais, implicando em um melhor condicionamento físico e menos problemas ortopédicos!
A fisioterapia e a reabilitação como uma grande aliada!
Seja cirúrgico ou conservativo o tratamento de escolha, a fisioterapia veterinária tem um papel essencial para promover uma melhor qualidade de vida no animal displásico, uma vez que atua tanto na promoção de conforto e analgesia (controle da dor e inflamação local), quando no fortalecimento da musculatura e da articulação quadril, “protegendo” esta de maiores injúrias e da progressão desenfreada da doença.
Conheça alguns tratamentos realizados na fisioterapia:
Alongamentos e técnicas manuais;
Esteira aquática e seca;
Exercícios terapêuticos;
Eletroterapia;
Laserterapia;
Magnetoterapia;
Massoterapia;
Infrassom;
Ultrassom terapêutico;
Aqui na Pet Integra Alphaville, oferecemos um tratamento completo para o seu melhor amigo que tem displasia coxofemoral, com atendimento especializado em ortopedia veterinária e uma equipe de fisiatras para cuidar com toda a competência e carinho que ele merece!
Agenda uma consulta consulta pelo link abaixo
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