Muitas são as afecções ortopédicas que podem acometer os nossos pets no decorrer de suas vidas, e uma muito comum em cães, é a luxação de patela.
E por que ela ocorre, quais são seus sintomas, causas e tratamento? Continue a leitura, descubra as respostas para esses “porquês” e também o motivo da fisioterapia ser essencial para a reabilitação completa do pet com luxação patelar.
O que é luxação de patela?
Consiste no deslocamento do osso da patela, também conhecida como rótula, da sua posição normal no joelho, o qual promove desconforto e dificuldade de locomoção nos animais.
A luxação patelar, ocorre mais comumente em cães de porte pequeno, no entanto, pode acometer cães de todos os portes e também gatos.
Ela pode ser medial ou lateral, de acordo com a direção que o osso da patela se desloca em relação ao sulco troclear do fêmur.
Graus de severidade
Grau 1
Considerado um grau leve, a patela sai do lugar apenas quando é deslocada manualmente, ou seja, precisa ser manipulada para sair do lugar. Quando a pressão é retirada, ela volta espontaneamente para a posição correta.
Neste grau, não há necessidade de intervenção cirúrgica, apenas adequação do manejo ambiental, e caso necessário, o tratamento conservador com a fisioterapia.
Grau 2
A patela pode sair do sulco troclear de forma espontânea, principalmente durante a flexão do joelho e também mais facilmente quando manipulada.
O animal normalmente apresenta claudicação e desconforto quando ocorre a luxação da patela, porém, muitas vezes ele próprio consegue voltá-la ao lugar realizando a extensão no joelho.
A fisioterapia é muito indicada para evitar a progressão da doença articular degenerativa e o avanço do grau.
Grau 3
Neste estágio, a patela está frequentemente deslocada, necessitando de auxílio externo para voltar ao sulco troclear. Quando a pressão é retirada, ela volta luxar.
Como normalmente existe um comprometimento ósseo, a cirurgia é indicada para corrigir deformidades angulares e a função locomotora normal.
Grau 4
Aqui, a patela fica permanentemente luxada e não pode ser reposicionada manualmente ou nem mesmo pelo pet.
Alteração na biomecânica e perda de massa muscular ficam mais visíveis e a cirurgia se torna indispensável para corrigir deformidades e melhorar a função do membro.
Vacinar é um ato de amor e responsabilidade!
Quais as principais causas de uma luxação patelar?
Uma combinação de fatores pode levar a luxação de patela, entre eles:
Genética
Algumas raças de cães como Yorkshire e Spitz Alemão, podem apresentar predisposição genética para a luxação patelar, devido à sua formação anatômica específica. Nessas raças, o joelho pode ser estruturado de forma que a patela tenha mais facilidade para se deslocar.
Desenvolvimento anormal
Durante o crescimento, é essencial que todas as estruturas responsáveis pela articulação, como os ossos, cartilagens, ligamentos e músculos, se desenvolvam da maneira correta.
Caso ocorra qualquer anomalia neste processo, como um crescimento irregular ou incompleto de ossos e ligamentos, isso pode resultar em uma instabilidade da patela, tornando-a mais suscetível ao deslocamento.
Frouxidão ligamentar
Os ligamentos são responsáveis por manter a estabilidade das articulações, incluindo a do joelho. Quando estes ficam insuficientes, acabam permitindo que a patela se desloque com mais facilidade.
Essa frouxidão ligamentar pode ser congênita - presente desde o nascimento, ou desenvolvida ao longo do tempo.
Lembre-se que: Traumas, sulco troclear raso e fatores como obesidade e manejo ambiental errado, também podem predispor à luxação patelar. É importante considerar levar o pet ao veterinário a partir do momento em que for possível identificar sintomas.
Sintomas? Saiba identificá-los!
A luxação patelar pode ser sinalizada de diferentes formas, dependendo do tipo e do grau, no entanto, alguns sintomas são mais comuns e podem indicar a sua real presença.
Claudicação intermitente
O pet com essa condição, manca ou até mesmo suspende o membro afetado apenas quando ocorre o deslocamento da patela do sulco troclear, por isso, ele costuma apresentar uma claudicação intermitente, ou seja, que aparece e desaparece.
Clique audível
Ao movimentar a pata afetada, pode ser ouvido um ‘’clique’’ característico quando a patela sai e entra no lugar.
Postura anormal
Animais com luxação de patela em graus mais avançados, podem apresentar uma postura compensatória para aliviar a dor ou evitar o apoio nos joelhos, projetando mais o peso do corpo nos membros torácicos.
Dificuldade em subir ou descer escadas
A luxação patelar pode dificultar a realização de atividades que exigem flexão e extensão do joelho, como subir e descer escadas.
Esticar a pata para trás
Ao caminhar mais rapidamente, o pet com luxação patelar pode esticar a pata para trás ou até dar um pulinho, na tentativa de colocá-la de volta no lugar, realizando uma extensão da articulação do joelho.
Raças predispostas:
Como foi dito, a luxação de patela pode acometer cães e gatos, no entanto, algumas raças de cães têm maior predisposição, sendo que a forma medial acomete mais aqueles de menor porte e a lateral, de maior porte.
Spitz Alemão
Yorkshire
Chihuahua
Pinscher
Labrador
Golden
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito por meio de um exame físico específico realizado pelo médico veterinário clínico, ou ortopedista. Ele irá avaliar a mobilidade do joelho, palpar a patela e observar a marcha.
Em alguns casos, podem ser necessários exames de imagem, como radiografia e tomografia para confirmar o diagnóstico, avaliar a gravidade da condição e para conseguir realizar um plano de tratamento seguro, de acordo com os resultados.
Fisioterapia ou intervenção cirúrgica: qual o melhor tratamento para luxação patelar?
A escolha entre fisioterapia e cirurgia para o tratamento da luxação patelar em cães e gatos depende de diversos fatores.
Em casos leves (grau 1 e 2), o tratamento conservador com a fisioterapia pode ser suficiente para estabilizar a patela e aliviar os sintomas, já nos casos mais graves (graus 3 e 4), a cirurgia é geralmente necessária.
Além disso, é válido lembrar que, em filhotes, o crescimento ósseo pode permitir a correção espontânea da deformidade em alguns casos, tornando a fisioterapia uma opção mais conservadora, de fato.
Fatores como raça e nível de atividade do pet também vão influenciar, mas cabe ao veterinário
avaliar cada caso individualmente e recomendar o tratamento mais adequado.
Fisioterapia
A fisioterapia pode ser utilizada no tratamento conservador nos graus mais leves:
Fortalecendo os músculos estabilizadores da articulação joelho;
Melhorando a flexibilidade e prevenindo a doença articular degenerativa;
Reduzindo a dor e modulando a inflamação local;
Melhorando a consciência corporal do animal;
Prevenindo novas lesões ortopédicas;
Promovendo o retorno da função locomotora funcional.
E nos casos pós-operatórios:
Devolvendo a confiança em apoiar o membro;
Acelerando a recuperação cirúrgica;
Evitando aderências;
Melhorando a flexibilidade e mobilidade;
Auxiliando no controle da dor;
Ajudando no ganho de músculos no membro operado;
Melhorando a amplitude de movimento;
Devolvendo a função ao membro;
A Pet Integra é o lugar ideal!
A luxação patelar é uma condição que requer uma atenção especializada, e na Pet Integra Alphaville, oferecemos os melhores cuidados para o seu pet, desde o diagnóstico preciso até o tratamento mais adequado.
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