
As doenças neurológicas em pets, são responsáveis por afetarem o sistema nervoso como um todo, incluindo encéfalo, medula espinhal e nervos periféricos.
O exame neurológico realizado pelo médico veterinário, é fundamental para se localizar a região da lesão, e os exames complementares laboratoriais e de imagem, para diagnosticar a causa dessa lesão.
Entre as doenças neurológicas mais comuns que envolvem o sistema nervoso central e periférico dos cães, podemos citar a epilepsia, as discopatias, as meningoencefalites, a síndrome vestibular idiopática e os tumores cerebrais.
Leia o texto completo abaixo e entenda mais sobre as principais afecções neurológicas que podem afetar nossos pets!

Epilepsia
Condição neurológica caracterizada por uma atividade elétrica anormal do cérebro, a qual ocasiona crises convulsivas recorrentes.
As células cerebrais saudáveis se comunicam através de sinais elétricos coordenados, já no animal epilético, esses sinais podem se tornar excessivos e desconexos, resultando no aumento da atividade elétrica cerebral e na convulsão.
Sintomas
A convulsão é o sintoma mais evidente da epilepsia e pode variar em intensidade e frequência. Ela pode ser focal, na qual ocorrem pequenas contrações musculares involuntárias, ou generalizada, mais intensas e prolongadas, e nas quais pode ocorrer hipersalivação, perda da consciência, defecação, entre outros.
Alguns animais podem manifestar sintomas como inquietação, ansiedade ou comportamentos compulsivos antes da crise.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico envolve excluir outras possíveis causas das convulsões, como intoxicações, traumas ou problemas metabólicos, e para tanto, exames laboratoriais e de imagem podem ser solicitados.
Embora não haja cura definitiva para a epilepsia, o objetivo principal do tratamento medicamentoso é controlar as crises convulsivas e trazer mais qualidade e conforto para a vida desse animal.
Em alguns casos, dieta, mudanças no estilo de vida e tratamentos complementares e integrativos como a acupuntura ou a terapia canábica torna-se necessário.

Discopatia
Discopatias são patologias que acometem os discos intervertebrais, importantes estruturas localizadas entre as vértebras da coluna. Esses discos agem como verdadeiros amortecedores, promovendo maior flexibilidade e suporte à coluna vertebral.
Os discos sofrem um desgaste natural pelo avanço da idade ou até mesmo por predisposição genética, podendo ocasionar protusões e extrusões compressivas na medula espinhal.
Sintomas
A discopatia pode causar dor, dificuldade locomotora e em alguns casos mais severos, paralisia dos membros.
Outros sintomas referidos são: relutância em realizar atividade física, postura arqueada, quedas, incoordenação motora e déficit proprioceptivo.
Diagnóstico e tratamento
Primeiramente, deve ser realizado a anamnese e o exame neurológico físico do animal, a fim de descartar outras causas de paralisia e localizar a lesão, posteriormente, o diagnóstico é feito através de exames de imagem por exames, como a tomografia computadorizada.
O tratamento dependerá do grau da DDIV e poderá envolver o uso de medicamentos para alívio da dor e redução da inflamação, repouso, tratamentos complementares como acupuntura e fisioterapia, e, em casos mais graves, procedimento cirúrgico para descompressão medular.
Meningoencefalite ou meningomielite

As meninges são as membranas que recobrem todo o sistema nervoso central (SNC) e sua inflamação, é chamada de meningite. Quando processo inflamatório da meninge acomete também o órgão que está sendo recoberto por ela, a doença recebe outro nome: se for na região do encéfalo será uma meningoencefalite, se for na região da medula espinhal será meningomielite.
As causas mais comuns são as inflamatórias, podendo também ter origem infecciosa, degenerativa e até idiopática (sem causa definida).
Sintomas
O animal apresenta sinais neurológicos relacionados com a localização e gravidade da lesão, como dor intensa, dificuldade de locomoção e até convulsões.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico requer exames específicos, como a análise do líquido encefalorraquidiano e a ressonância magnética.
O quadro geral e o prognóstico dependem da área acometida, mas normalmente trata-se de uma doença grave, de início rápido e que pode ser de difícil tratamento.
Este varia muito, desde antiinflamatórios até imunossupressores, sendo essencial adaptar as abordagens terapêuticas à condição específica de cada pet.

Síndrome vestibular idiopática
Ocorre quando existe alguma falha no funcionamento do sistema vestibular do cão, o qual é responsável por garantir equilíbrio e orientação espacial.
A vestibulopatia pode ser central ou periférica, de acordo com a origem da lesão, e também idiopática, quando a causa da doença não é identificada e os sintomas aparecem repentinamente.
Esta última, ocorre principalmente em cães idosos, e os sintomas, cursam como uma vestibulopatia periférica e tendem a desaparecer rapidamente.
Sintomas
O animal apresenta inclinação de cabeça para o lado da lesão e costuma apresentar náuseas, vertigem, falta de equilíbrio, movimentos involuntários dos olhos (nistagmo) e em alguns casos, deslocamento em círculos e quedas.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito através do exame neurológico e do descarte de outras causas de síndrome vestibular, como otite média.
O tratamento é de suporte de acordo com os sintomas e inclui medicamentos e terapias integrativas como acupuntura e ozonioterapia.
Tumores cerebrais
O crescimento anormal e descontrolado de células dentro do sistema nervoso central é chamado de tumor cerebral. Essas células, que deveriam se dividir e morrer de maneira ordenada, começam a se proliferar de forma desregulada, formando as massas tumorais.
Esse tipo de neoplasia, resulta em diversas alterações no funcionamento normal do cérebro e pode acometer animais adultos e idosos.
Sintomas
Dependem da localização do tumor e podem incluir convulsões, tremores de intenção, dificuldades motoras, andar em círculos, desequilíbrio, alterações na visão e alterações no estado mental.
Diagnóstico e tratamento
Exames como ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) são essenciais para visualizar a presença, tamanho e localização do tumor, porém, para determinar o tipo específico uma biópsia se mostra necessária.
O tratamento dos tumores cerebrais em pets é altamente personalizado e depende do tipo de tumor, sua localização e do estado geral de saúde do paciente.
Geralmente inclui radioterapia para reduzir o tamanho e controlar o crescimento do tumor, quimioterapia para inibir o aumento das células cancerígenas e em alguns casos cirurgia.

Afinal, quando procurar um veterinário especializado?
Reconhecer os sintomas de uma possível doença neurológica é o primeiro passo em direção à recuperação, por isso, é tão importante o tutor ficar atento a qualquer alteração no comportamento ou postura do seu pet.
Caso você note qualquer sintoma, é aconselhável procurar avaliação de um médico veterinário de sua confiança. Caso ele apresente sintomas graves, como convulsões, a ida ao veterinário deve ser imediata e a avaliação com o especialista neurologista o mais rápido possível.
Lembre-se, a intervenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para otimizar o tratamento e melhorar as possibilidades de recuperação do seu melhor amigo.
Além dos tratamentos convencionais, a reabilitação Veterinária Integrativa vem se mostrando cada vez mais indicada para melhorar a qualidade de vida dos animais com doenças neurológicas.
Ela possui ferramentas importantes na promoção de mais saúde e bem-estar tanto para pacientes neurológicos crônicos, no controle do avanço da doença, quanto para casos pós operatórios, a fim de acelerar a recuperação e a função locomotora deles.
Você possui dúvidas quanto à saúde neurológica do seu melhor amigo? A Pet Integra Alphaville está de portas abertas para atendê-lo!
Agende uma consulta e assegure a qualidade de vida do seu pet.
Commenti